A sociedade pede socorro

Por onde eu ando, vejo mais pessoas "bem de vida", com carros bons, celulares de última geração, notebooks importados, enfim, uma série de coisas que trazem um conforto, ou que muitas vezes preenchem vazios.
Pessoas com dependência de consumo, que precisam esbanjar seus salários "gordos" em roupas, sapatos, acessórios, produtos de alta tecnologia. Mas isso é bom? Até que ponto?
E por outro lado, vejo também como cresce o número de pedintes nos faróis. Também tenho visto pessoas totalmente frustadas com a vida, pessoas viciadas não em  um simples consumismo para tentar amenizar as consequências de um desgaste social, crises existenciais, e sim, em drogas como o crack que usurpam o direito da pessoa ser feliz, que as detonam psicológicamente, socialmente, moralmente e fisicamente.
Não prego de forma nenhuma o voto de pobreza, até porque eu gosto de viver confortavelemente, e na real, quem não gosta?!
Mas o que digo é que está faltando uma palavra de ânimo para as pessoas. A desgraça não atinge somente uma classe, é generalizada. Enquanto uns vivem de aparência, outros se expõem, exclamando para nós: "Ei, estou aqui, pelo amor de Deus, me ajude, me tire dessa." E nós simplesmente, levantamos o vidro, colocamos nosso som com mp3 em um volume em que consiga calar aquela voz.
É engraçado, reclamar de uma vida tranquila, não é?! Mas é dolorido colocar-se no lugar dessas pessoas que realmente vivenciam problemas, que são marginalizadas, as qual a vida surrou tanto que suas feridas são vergonhosamente expostas.
É engraçado, mas chocante. Um terrível paradóxo. Então por que se calar, quando ainda há tempo de fazer algo, ainda podemos ser úteis para a sociedade. A juventude hoje pode muito, é só querer. Fale, converse, divulgue suas idéias. Quem sabe a mudança não está em nossas mãos?